Nesta sexta-feira (14), o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, se manifestou após um livro argumentar que monarca e seus herdeiros não poderiam se casar com pessoas do mesmo sexo. De acordo com o premiê, o casamento gay é permitido na monarquia holandesa, sem que o monarca tenha que abrir mão do direito ao trono. As informações foram divulgadas pelo UOL.
A Holanda, primeiro país a legalizar a união homossexual no mundo, tem como primeira na linha de sucessão ao trono, a princesa Catharina-Amalia, de 17 anos. A polêmica aconteceu após a publicação da obra ‘Amalia: Duty Calls’ (Amalia: o dever chama, em tradução livre), em que argumentava a princesa Catharina-Amalia não poderia se casar com alguém do mesmo sexo, mesmo que a união entre LGBTs seja permitida no país desde 2001.
Numa carta enviada ao Parlamento, Rutte afirmou que os tempos mudaram desde que seus predecessores abordaram a questão, no ano 2000. “O governo acredita que o herdeiro [do trono] também pode se casar com uma pessoa do mesmo sexo. O gabinete [de governo], portanto, não considera que um herdeiro do trono do rei deva abdicar se ele/ela quiser se casar com um parceiro do mesmo sexo”, se manifestou Rutte.
Questionado sobre como uma relação homossexual afetaria na sucessão do trono, o premiê disse que não faz sentido pensar nisso agora. “Depende muito dos fatos e das circunstâncias do caso específico, como se constata ao ver como o direito de família pode mudar ao longo do tempo”, escreveu.