O espetáculo com temática LGBT Bruta Flor está de volta a São Paulo a partir do mês de maio para uma temporada de oito semanas no Teatro Augusta, com uma nova formação, formada por André Pottes, Fernando Zilli e a atriz convidada Carol Marra.
A peça gira em torno de um tema polêmico: a homofobia internalizada e a possível consequência trágica que o preconceito velado pode ter. Em entrevista ao site O Fuxico, o diretor Márcio Rosário comemorou o fato da produção conseguir ficar firme mesmo sem nenhum apoio.
“Mesmo sem leis de incentivo, continuamos a fazer nosso trabalho com a grande parceria de apoiadores culturais, e estamos felizes de poder voltar em nossa sexta temporada com força total tendo o público como nosso maior aliado”, afirmou.
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Além da entrada de Carol Marra, a montagem também tem algumas modificações. “Carol chega para uma montagem de Bruta Flor mais madura, com uma força, graça e dignidade ao nosso trabalho junto com sua beleza, originalidade e senso de humor. Ter uma atriz transgênero no nosso espetáculo deu uma dimensão maior ao nosso trabalho. Minha abordagem está mais profunda e visceral e há uma dose de espiritualidade, humor, erotismo e nudez. Mesmo com receio do que as pessoas iriam achar, logo depois de nossa estreia em 2016, soube de cara que Bruta Flor era a peça que eu queria ter dirigido no final da reta dos ensaios e pela receptividade do público de quase 10 mil pessoas, tenho a certeza de ter acertado.”
Ainda no elenco também estão os atores Pedro Lemos, Walkiria Ribeiro, Fábio Rhoden e Erika Farias. O texto tem a assinatura de Victor Oliveira e Carlos Fernando de Barros, a trilha fica por conta de Cida Barros.