THEODORO COCHRANE

Com diagnóstico raro, filho de Marília Gabriela desabafa sobre vício em álcool e drogas

Theodoro Cochrane detalhou os altos e baixos da época em que abusava de substâncias

Theodoro Cochrane - Reprodução/YouTube-Montagem
Theodoro Cochrane - Reprodução/YouTube-Montagem

O filho mais novo de Marília Gabriela, Theodoro Cochrane, de 45 anos, convive até hoje com o peso de ser herdeiro de uma das mais conceituadas jornalistas, apresentadoras e escritoras do país. A partir desta sexta-feira (30/08), inclusive, o ator volta a dividir o palco com a mãe com a peça A Última Entrevista, em São Paulo.

Na produção, o artista fala com muita honestidade sobre o peso de ser filho da comunicadora. E fora dos palcos, ele abriu o coração na última quarta-feira (28/08) e falou abertamente sobre diversos temas, para Tati Bernardi, no podcast Desculpa Alguma Coisa, incluindo seu passado com vício em álcool e drogas e o diagnóstico de ciclotimia, transtorno raro de humor.

“Descobri que eu teria o que é chamado de vício cruzado. Faz o padê (gíria usada para cocaína) e a cachaça, a cachaça e o padê, eventualmente. Era recreativo, uma vez a cada dois meses. A cachaça era uma vez por semana, tipo um gim-tônica. Eu ficava ótimo. E é uma merda ser um bêbado ótimo porque todo mundo te adora, você não fica violento…”, declarou.

“Só que durante a semana eu ficava muito deprimido. Meu namorado dizia que não era justo. Que na sexta-feira e no sábado, eu era maravilhoso, meus amigos me amavam. Mas na terça eu queria matá-lo e na quarta-feira, eu queria me matar”, confidenciou.

Diante dos altos e baixos, Theodoro tomou uma decisão e resolveu colocar um ponto final em tudo, surpreendendo até mesmo o terapeuta. “Teve uma hora em que caiu essa ficha em mim e falei: ‘Vou parar’. Meu terapeuta chegou e falou: ‘Você parou, mas ninguém para assim'”, destacou.

Três meses após largar o álcool e as drogas, ele foi diagnosticado com ciclotimia, um transtorno raro de humor que intercala momentos de grande euforia e tristeza. Na época, Cochrane passava uma temporada em Portugal com a matriarca, depois da morte do pai, Zeca Cochrane.

“Eu parei e começou a abstinência. Juntou com o luto, com o desemprego, com a minha mãe, com a distância do meu namorado… Eu estava três meses em beber e usar nenhuma droga quando chegamos a um diagnóstico. Meu terapeuta disse que eu tinha ciclotimia e, a partir daí, comecei a tomar o medicamento certo e fazer a terapia encaminhada para isso. Um bom diagnóstico é salvador”, revelou.

Vale destacar, que a ciclotimia possui algumas semelhanças com o transtorno bipolar, mas a diferença principal está na intensidade das oscilações de humor e quantidade de crises. A manifestação desse transtorno raro é mais comum em adolescentes e jovens adultos.

Confira, abaixo, a entrevista na íntegra: