NO PERSONA

"Eu fui criado para ser um advogado, um médico", revela Reynaldo Gianecchini

Reynaldo Gianecchini entre Chris Maksud e Atilio Bari - Divulgação/Felipe Medeiros
Reynaldo Gianecchini entre Chris Maksud e Atilio Bari - Divulgação/Felipe Medeiros

Neste domingo (11/08), Atilio Bari e Chris Maksud conversam com Reynaldo Gianecchini. O ator que ganhou notoriedade nacional na novela Laços de Família (2000), abriu o coração no programa Persona, que vai ao ar a partir das 21h na TV Cultura.

Apesar de todo o sucesso após a trama de Manoel Carlos, o artista afirmou na atração que sua educação na infância não mirava os holofotes, falou sobre seu casamento com Marília Gabriela; o momento delicado que passou quando descobriu um câncer e como está sendo fazer a drag queen Mitzi/Tick no musical Priscilla, a Rainha do Deserto.

Nascido em Birigui, interior de São Paulo, o galã tinha pais professores e conta que não pensava em seguir a carreira artística, apesar de gostar. “Eu fui criado para ser um bom aluno e, de preferência, passar nas escolas públicas (…) nunca me passou fazer artes cênicas (…) eu fui criado para ser um advogado, um médico”, lembrou.

Gianecchini também comentou sobre um momento de sua vida muito introspectivo, de busca de conhecimento espiritual através da meditação. “Quem me tirou dessa fase imersa demais em mim foi a Marília Gabriela (…) a gente começou a se encontrar, e eu sai desse transe que eu estava e casei”, explicou.

Em 2011, ele passou por uma fase difícil ao descobrir um linfoma não Hodgkin, tipo de câncer que atinge as células de defesa do organismo. “Veio como um grande desafio (…) um desafio de vida ou morte. Eu tive um câncer muito agressivo que eu tinha seis meses para curar ou não sobreviver (…) eu sabia que aquilo ia me mudar de alguma forma, e me mudou (…) quando eu voltei da minha recuperação, eu falei, ‘eu quero ser esse artista que tem coisas lindas para falar, que queira despertar nos outros reflexões e tocar de alguma forma'”, desabafou.

Por fim, Reynaldo Gianecchini contou sobre seu personagem atual, em Priscilla. “Não tenho a menor experiência no mundo musical, onde a técnica conta muito, mas eu quis entrar com a minha visão de ator porque o meu personagem é um ator que canta (…) a trajetória do meu personagem está ligada a emoção, aos medos, aos conflitos”.

O Persona traz os depoimentos de Lino Villaventura, Verónica Valenttino, Vera Fischer, Gerald Thomas, Giovanna Antonelli e Célia Forte.