Katy Perry, de 39 anos, irá se apresentar no Rock in Rio 2024 nesta sexta-feira (20/09), dia em que o festival de música contará apenas com shows de artistas femininas. Essa será a terceira participação dela. A primeira foi em 2011 e a segunda em 2015. No Rock in Rio 2011, Julio Salvo tornou-se um dos nomes mais comentados do evento.
O fotógrafo, tinha 24 anos quando subiu ao palco e beijou a cantora. Agora, 13 anos depois, a artista volta à Cidade do Rock, mas não terá o fã na plateia. Aos 37 anos, o hoje estudante de Psicanálise e Neurociência disse que pretende assisti-la de casa, pela TV. “Vou assisti-la bem tranquilo no sofá de casa. Fiquei velho”, comentou em entrevista ao jornal Extra.
Julio conta que após o burburinho em torno do assunto fez com que mergulhasse numa espécie de autoconhecimento. “Não me arrependo de nada. Fui no impulso, mesmo. Descobri, ao longo desses anos, que sou TDAH Hiperativo. Quando ela chamou um fã pra subir, eu nem pensei, já estava no palco quando ela terminou a frase”, afirmou.
No palco, ele dançou, e beijou várias vezes a estrela e o resto se tornou história para contar. A fama instantânea, no entanto, teve consequências. “Eu não estava preparado para aquilo tudo, nem absorvi direito, e minha cara estava estampada em tudo que era lugar. Se fosse hoje, provavelmente, teria virado um influenciador, sei lá, e até monetizado este momento. O mundo mudou demais”, avaliou.
Julio virou celebridade da noite para o dia e se tornou fotógrafo em Sorocaba, interior de São Paulo, sua terra natal, trabalhou cobrindo shows de artistas famosos e chegou a ser candidato a vereador na cidade, o que considera um erro.
“Percebo que muita gente se aproveitou de mim naquela época. Quando vi já estava ali, meio sem pensar. A fama tem um lado que serve aos narcisistas. Muita gente quis surfar numa onda que nem eu estava pegando”, desabafou.
Julio Salvo revelou que fechou sua conta nas redes sociais várias vezes. “Era um tal de gente me marcar em vídeos que apareciam daquela noite, minha caixa cheia de mensagens, sempre as mesmas perguntas, aquilo me deixou desconfortável. Era outra época, eu não sou mais aquele Julio festeiro, que vivia um dia de cada vez”, justificou.
Agora, o fotógrafo quer se formar para desenvolver um trabalho social que ajude pessoas que sofrem ou sofreram em relacionamentos tóxicos e abusivos, dos quais ele também foi vítima: “Muita gente se aproximou de mim porque eu era o cara que beijou a Katy”, reforçou.
Sobre a dona de hits como Roar, Dark Horse, Firework, Last Friday Night e Hot N Cold, ele a acompanha à distância, com admiração: “Já não tanto como antes, mas gosto da evolução que ela teve nesses anos, como mulher, mãe e artista. Nós dois mudamos”.