Marlon Wayans, de 52 anos, revelou em entrevista ao podcast Blocks, apresentado por Neal Brennan que tentou utilizar hipnose para impedir a transição de gênero de seu filho, Kai Wayans, de 24.
O ator, conhecido por sua carreira de comédia em filmes como As Branquelas (2004), abriu o coração e confessou que inicialmente não aceitou a decisão do herdeiro e se envergonha das medidas que tomou na época.
“Tentei hipnotizar aquela vadi*. Protestei contra isso e não digo isso com orgulho”, admitiu ele, que desde então passou a refletir sobre seus erros. Na sequência, ele reconheceu que sua resistência à transição de Kai não veio sem consequências e falou sobre como foi forçado a encarar suas próprias falhas e preconceitos.
“Olho para trás, para essas ações, e tenho vergonha. Fiquei envergonhado no momento em que fui forçado a olhar no espelho”, destacou. Vale destacar, que a terapia de conversão hipnótica, que ele tentou, é uma prática condenada por especialistas e organizações LGBTQIPN+, sendo considerada prejudicial e ineficaz para modificar a identidade de gênero ou orientação sexual de qualquer pessoa.
Além da tentativa de hipnose, o arista também conto ter imposto “punições” ao filho, como a suspensão da mesada, em uma tentativa desesperada de evitar a transição. Entretanto, essas atitudes foram rapidamente confrontadas por Kai, que manteve sua posição firme. “[Kai] estava tipo: ‘E daí? Fod*-se”, vou passar fome”, relembrou.
Segundo Wayans, nada do que fez surtiu efeito, pois o desejo do herdeiro por viver autenticamente superava todas as barreiras que ele tentava impor na época. Hoje, ele afirma ter mudado sua perspectiva e que o foco principal agora é a felicidade de seus filhos. “Tudo o que eu quero é que meus filhos sejam felizes. Cabe a mim amar meu filho, e é isso que eu faço”, reforçou.
Vale destacar, que Marlon Wayans, que também é pai de Shawn, de 22, e Axl, de 1, foi responsável por dar a notícia ao mundo em novembro do ano passado ao revelar a transição de Kai Wayans. Desde então, tem sido um defensor aberto da comunidade LGBTQIA+ nos Estados Unidos e tem usado sua visibilidade para promover a aceitação e o apoio, destacando a importância da compreensão e do amor incondicional em sua família.