Omar Apollo, de 27 anos, revelou alguns detalhes de sua participação na adaptação de Queer, clássico LGBTQIAPN+ escrito por William S. Burroughs. Este romance curto foi escrito entre 1951 e 1953, mas só foi publicado em 1985.
O cantor e ator comentou sobre o fato de ter perdido peso para interpretar o seu personagem no filme de Luca Guadagnino, que dirigiu Me Chame Pelo Seu Nome (2017) e também falou sobre a cena de sexo com Daniel Craig.
“Eu fiz a dieta da sopa. [O diretor] Luca [Guadagnino] não me mandou perder peso, mas quando você está prestes a ter uma cena de sexo com Daniel Craig, você fica tipo: ‘Ah, mano, eu não posso estar com uma aparência ruim”, destacou em entrevista à revista Interview Magazine.
“Eu estava com 90kg porque tenho 1,95m. É mais ou menos o meu peso ideal. Mas cheguei a 82kg quando comecei a gravar o filme. Perdi 8kg porque li no roteiro que meu personagem tinha uma barriga chapada e fiquei tipo: ‘Droga, a minha não está chapada agora’. Eu tinha que me recompor, e estava em turnê com SZA. Felizmente, não tinha tantas falas”, explicou.
De acordo com as informações do portal Deadline, o diretor Alberto Barbera, elogiou a atuação de Craig, destacando sua interpretação corajosa de um homem homossexual. “Representando um homem gay de forma bastante direta e corajosa, incluindo algumas cenas de sexo bem completas, acho que é a melhor performance da vida dele até agora”, destacou.
Na sequência, Omar rasgou elogios para Daniel, chamando-o de “lenda” e dizendo que o ex-007 estava “super vulnerável”. “Lembro de perguntar a ele: ‘Como você se sente quando a câmera está ligada?’ Ele disse: ‘Para ser sincero, toda vez que a câmera está em mim, fico apavorado’. Achei isso lindo. Você tem que ser vulnerável. Você tem que estar aberto a essas emoções. Foi uma resposta muito honesta”, afirmou.
Drew Starkey, por sua vez, afirmou ter perdido mais de 13kg para seu papel no longa e elogiou o trabalho do colega de profissão Apollo junto a Craig. “A cena é muito boa, muito sensual. […] Você estava incrível. Você era como uma estrela de cinema à moda antiga. Eu gritei quando você apareceu na tela”, disse.
A obra se centra em um drama histórico, acompanhando um expatriado norte-americano chamado Lee (Daniel Craig). Após fugir de uma apreensão de drogas em Nova Orleans, na década de 1940, ele se dirige à Cidade do México.
Por lá, começa a frequentar bares e clubes que eram, à época, superfrequentados por universitários americanos, soldados dispensados e outras pessoas às margens da sociedade, sobrevivendo na base de trabalhos de meio período e benefícios governamentais. É nesse ambiente em que conhece Allerton (Drew Starkey), viciado em drogas e ex-oficial da Marinha que se torna seu amigo e amante.
Além de Omar Apollo, Daniel Craig e Starkey, também estarão no elenco o brasileiro Henry Zaga. Gravado em abril de 2023 em Roma, a obra possui uma duração aproximada de 3 horas e é esperado para gerar debates sobre sua representação sexual. O longa-metragem teve sua première mundial no Festival de Veneza, na Itália, na semana passada e competirá pelo Leão de Ouro. Ainda não há previsão de estreia para Queer.
