ATIVISTA

Prestes a cantar no Rock In Rio, Cyndi Lauper fala sobre ativismo pelos direitos LGBTQIAPN+

Cantora e atriz é uma das maiores ativistas da comunidade LGBTQIA+

Cyndi Lauper - Divulgação
Cyndi Lauper - Divulgação

Cyndi Lauper, de 71 anos, que se apresenta no Rock in Rio no próximo dia 20 de setembro, se prepara para encerrar uma era com sua última turnê. A cantora e atriz conhecida por sucessos como Time After Time e Girls Just Wanna Have Fun, tem sido uma voz ativa na defesa dos direitos LGBTQIAPN+ desde o começo da carreira, nos anos 1980.

Vale destacar, que ela tem uma ligação pessoal com o tema: sua irmã é lésbica e desde sempre, a artista acredita que lutar pelo direito dos gays é antes de tudo, uma questão de justiça social.

Em entrevista exclusiva à revista Billboard Brasil, a veterana compartilhou suas reflexões sobre seu ativismo e o estado atual dos direitos civis. “Sinto que quando alguma coisa não está sendo certa com seus amigos e familiares, você tem que se posicionar. Do mesmo jeito que falo sobre os direitos das mulheres”, declarou.

“Não só eu, mas outras pessoas com quem trabalhei também estavam lutando duro pelas liberdades civis e igualdade para todos. Hoje, isso retrocedeu um pouco, o que significa que o trabalho nunca vai acabar”, desabafou.

“A coisa mais importante é compartilhar sua história. Você pode trabalhar ao lado de alguém a vida toda e nunca saber como algo do mundo os afeta, porque sua experiência é diferente”, acrescentou.

Em 1986, Cyndi lançou o álbum True Colors, que virou um hino queer. O disco teve parte das vendas revertidas para os estudos sobre a AIDS na época. A faixa que carrega o nome do disco não só dominou as paradas da Billboard, mas também se tornou um hino para a comunidade LGBTQIA+.

Em 2008, a estrela fundou a ONG de mesmo nome, que educa as pessoas sobre questões de gênero e busca erradicar a falta de moradia entre adolescentes LGBT+ em situação de rua nos Estados Unidos. Uma década depois, Cyndi Lauper recebeu o prêmio Icon Award at Billboard’s Annual Music in Women, em homenagem ao seu trabalho pela causa.

Questionada sobre a leva de cantoras lésbicas e bissexuais que cantam sobre o amor entre mulheres, como Chappell Roan e Reneé Rapp, Lauper ressaltou o poder da música para elevar e curar.

“A música entra nisso. Ela eleva as pessoas e os espíritos. Ela muda a conversa. Deixa as pessoas felizes… A música é um presente. Cantar cura e o mundo precisa se curar. Poder cantar é uma bênção”, disse.

Confira, abaixo, o videoclipe de True Colors: