Quem é Gustavo Scat, ator que causou polêmica por fetiche escatológico

Fernando Mais, mais conhecido na internet como Gustavo Scat, apareceu nas redes sociais, neste domingo (21/07), pedindo ajuda após estar desempregado por mais de um ano. O ator, conhecido por interpretar Zecão no live-action de Turma da Mônica: Laços (2019), foi exposto ano passado por ter fetiche escatológico visto como grande tabu e desde então não tem conseguido encontrar emprego, ele alega ter sido demitido da agência da qual fazia parte.

O artista de 30 anos publicou um vídeo em sua conta pessoal no X, antigo Twitter, em que chora ao relatar que está se sentindo desesperado por não conseguir mais oportunidades de emprego desde que seu fetiche tomou proporções maiores do que sua carreira após ele ser exposto como autor do livro Quero Scat: O sexo com cocô, mijo e peidos, usando o pseudônimo Gustavo Scat.

Após a repercussão do fetiche por cheiro, sensação, visão ou gosto de excrementos, a trama entrou na lista de mais vendidos do Brasil na categoria “ficção erótica”.  “O livro é dedicado àqueles que possuem o fetiche, simpatizantes, curiosos e fetichistas de ‘mente aberta’ para outras possibilidades”, descreve a obra.

Mas, afinal, quem é Gustavo Scat? Ele é ator, comediante, autor e conta com 28 mil seguidores no Instagram. Inclusive, na época, ele pediu para a sua carreira artística não ser relacionada às suas preferências sexuais.

A página Gustavo Scat, que continha vídeos explícitos de pessoas sentindo prazer sexual com necessidades fisiológicas como fezes, urinas e peidos, foi retirada do ar por conta da polêmica.

Em entrevista ao portal Notícias da TV, o artista disse que começou a sentir esse tipo de desejo sexual ainda quando era pequeno. “Eu lembro que estava na infância, fuçando o armário do meu irmão mais velho, e encontrei uma revista pornô. Para eu poder ver aquilo escondido, entrei no banheiro e comecei a ler a revista enquanto estava fazendo cocô”, admitiu.

“Provavelmente foi a primeira vez que senti tesão na minha vida. Eu não sabia o que era sexo, não sabia o que era tesão, mas acho que o meu subconsciente associou as duas coisas, sabe?”, acrescentou.

Na sequência, ele ainda contou que após assistir ao vídeo pornô “2 Girls 1 Cup”, que se tornou viral em 2007, o deixou com bastante nojo, mas despertou uma curiosidade nele sobre o fato desse tipo de conteúdo existir.

“Com o tempo, fui vendo outros vídeos e começando a ter tesão nisso, eu fui me aceitando aos poucos. Eu tive um longo processo de autoaceitação até perceber que eu realmente curtia isso. Só que eu achava que eu era o único no mundo. Eu me achava muito sozinho, eu achava, sei lá, será que eu estava doente? Será que eu estava fazendo alguma coisa de errado?”, desabafou.

“E um adendo: o fetiche não é ilegal. Eu tenho três regras na minha vida: com consenso, bom senso e dentro da lei, seja muito feliz. O scat só é um fetiche muito diferente, muito tabu, as pessoas não falam sobre isso”, afirmou.

Anos depois, ele teve mais contato com pessoas que compartilhavam do mesmo fetiche que o seu. Foi daí que surgiu a ideia de criar uma comunidade sobre isso. Ele, então, deu origem a um blog chamado Quero Scat, em 2017. Já em 2022, o portal saiu do ar, após ele divulgar uma espécie de OnlyFans, ao anunciar um site em que vendia seus nudes – o Scatbook -e, com isso, violar as regras da plataforma.

Vale destacar, que atualmente, existem medidas preventivas para evitar infecções durante e após a relação sexual que envolva excrementos. O uso de luvas descartáveis e plástico filme durante as atividades que envolvem contato direto com fezes são alternativas para reduzir o risco de transmissão de bactérias e outros patógenos. Tomar banho antes e depois da relação também é fundamental.