Depois da tragedia em 2015, que resultou na morte de um adolescente, a Marcha do Orgulho LGBT de Jerusalém, em Israel, aconteceu nesta quinta-feira (03) sob um esquema de segurança reforçado, que resultou em um total de 22 pessoas presas, uma delas portava uma faca. As informações são do jornal Haaretz.
Durante toda a rota do evento, agentes policiais acompanharam o percurso. O acesso nas ruas do trajeto foi proibido horas antes do início da Marcha. O superintendente da polícia, Dacar Eshel, afirmou que esse corpo é responsável para que “a marcha transcorra sem nenhum obstáculo”. A Casa Aberta de Jerusalém, que organiza a Parada, distribuiu pulseiras aos participantes, que chegavam sob ameaças de extremistas ultra-ortodoxos judeus.
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A segurança reforçada é uma resposta ao ataque de um ultra-ortodoxo judeu que, em 2015, matou uma adolescente e esfaqueou outras seis, todos participantes do evento. Na ocasião, a polícia foi muito criticada principalmente por se tratar de um criminoso que havia saído há semanas da prisão, onde estava em regime fechado há dez anos por ter tentado cometer o mesmo tipo de crime em 2005. Ele considerava a Parada algo “blasfemo” e “vergonhoso”.
Para garantir que nada do tipo se repetisse este ano, além de acompanhar o trajeto, a polícia da cidade (considerada santa para três religiões diferentes) também realizou medidas preventivas. Suspeitos de planejarem ataques aos manifestantes foram interrogados, e um deles, que postou ameaças no Facebook, foi detido pela Justiça e proibido de entrar em Jerusalém até o dia seguinte da Marcha. O tema da Parada, desta vez, foi a “religião no mundo LGBT”.