O Kremlin, complexo que serve de moradia para o presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, rejeitou nesta quarta-feira (14), regularizar as uniões de pessoas do mesmo sexo na Rússia. A recusa aconteceu depois da decisão do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH), que impôs que o país respeitasse os direitos das pessoas LGBTQIA+ e sugeriu que haja uma regularização legal para a união.
Em coletiva, o representante da presidência russa, Dmitry Peskov, disse que “não há necessidade de buscar nenhuma forma alternativa de inscrição”, destacando que Putin não quis cuidar do assunto.
Sendo assim, o tribunal Europeu considerou que a Rússia violou o artigo 8º da Convenção Europeia de Direitos Humanos em que implica no direito das pessoas à privacidade familiar, por negar o direito ao matrimônio.
Segundo a Constituição russa, o país não é obrigado a seguir leis internacionais. Peskov ainda destacou que Putin apenas estava seguindo o que a “maioria das pessoas” na Rússia concordam e apoiam as emendas constitucionais no plebiscito de 1º de julho de 2020.