Aretuza Lovi lançou nesta quinta-feira (26) o videoclipe de “Movimento” sua canção em parceria com IZA. Em entrevista ao Observatório G, a artista comentou que conheceu IZA através das redes sociais. “Os fãs cobravam um feat da gente e por coincidência os nossos produtores são os mesmos e tudo fluiu para que acontecesse. A IZA é uma amiga muito querida, entrou há pouco tempo na minha vida, mas tem um peso e eu tenho uma gratidão por tudo que ela faz por mim, por quanto ela ensina, ela me dá conselhos, ela é uma inspiração”.
Sobre a ótima fase da carreira, com a recente turnê internacional e com o lançamento de “Mercadinho”, seu primeiro álbum em estúdio com a gravadora Sony, a cantora respondeu que seus planos por enquanto são de focar no Brasil neste momento mas, que não descartaria parcerias internacionais. Um nome dos sonhos que aparece no radar da loira é o de Gwen Stefani por quem Aretuza Lovi confessou “suspirar”.VEJA TAMBÉM: Conheça o garoto de 11 anos que é drag queen e tem o apoio da mãe
Ao comentar o fato de vermos cada vez mais artistas LGBTQI ocupando espaços de poder como Nany People no papel de vilã da próxima novela das 21h, Aretuza Lovi sugeriu que a escalação para estes tipos de personagem poderia mudar.
“Eu não tô criticando a Nany, que eu amo, supertalentosa mas, sempre nos papeis se tem o gay vilão, ou o gay roubou a filha de fulano, ou o gay é espalhafatoso, até mesmo quando vai fazer o papel de uma drag é sempre muito espalhafatoso, e não é sempre isso a realidade que nós vivemos. Eu gostaria muito que a TV abrisse e tirasse esse véu para a realidade, dentro do meio drag por exemplo tem drag que canta, que dubla, que bate cabelo, que atua, que tá no teatro, assim como tem transexuais, homens trans, a gente tá sempre com títulos, “vai ser vilão” ou “vai ser o gay espalhafatoso”. Porque que a gente não pode estar na novela como pessoas normais que somos?”.
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Já em relação à polêmica recente onde os atores Scarlett Johansson e Luis Lobianco enfrentaram críticas ao toparem interpretar personagens transgêneros, Aretuza Lovi (que vale destacar é drag queen e não trans) deu sua opinião sobre o assunto.
“Nós temos artistas transexuais maravilhosos que eu queria que as pessoas dessem espaço porque não dar espaço para essas pessoas? Porque um homem cis hétero tem que fazer um papel de uma trans sendo que nós temos pessoas e artistas maravilhosos? Sexualidade não quer dizer talento. Sexualidade é um rótulo” afirma. “Eu sou mais a favor de colocar uma artista transexual ou uma drag queen para fazer um papel de drag queen e isso não nos limita em fazer outros papeis porque nós somos artistas” acrescenta.