(foto: Divulgação)Grag Queen
Após mais um grande êxito como apresentadora da segunda temporada do Drag Race Brasil, Grag Queen recentemente anunciou um novo passo em sua carreira como cantora: a era Cósmica, seu aguardado primeiro álbum de estúdio.
Nas redes sociais, a artista divulgou um teaser com referências espaciais, estética futurista e que destaca uma nova fase artística que promete unificar sua autenticidade e consolidação como uma das vozes mais potentes da cena LGBTQIAPN+ no Brasil e no mundo.
Em entrevista exclusiva ao Observatório G, Grag Queen avalia que o desafio maior não foi apresentar mais uma temporada do Drag Race Brasil, mas o anúncio de uma nova era. "Com certeza lançar essa nova era, que carrega o meu nome e a minha identidade, traz uma responsabilidade completamente diferente. No reality, a gente representa uma franquia, cumprindo um papel, seguindo textos e briefings. Agora, todo esse babado vem de dentro de mim — é puro, autêntico e totalmente meu", inicia.
O conceito espacial da era Cósmica vai muito além da estética visual. Segundo ela, é também uma celebração simbólica de sua trajetória, e que essa inspiração vem de seu título de Rainha do Universo, conquistado no reality Queen of the Universe.
“O título de Rainha do Universo é algo muito grande para ser esquecido — é uma conquista que precisa ser eternizada. Eu quis trazer isso sem parecer que estava apenas pegando carona na cauda do cometa. É um universo fashion, emocional e mental. O cosmos me serviu como uma luva. Era como se o próprio universo estivesse conspirando a favor”, explica Grag. Para ela, esse projeto representa transformação e evolução. "A era Cósmica vem para curar dores, identificar vitórias, aceitar realidades reais. É sobre evolução, sobre ser cósmico", adianta.
Com elementos musicais que prometem reunir mais do pop, eletrônico e outros ritmos do Brasil, o primeiro álbum de estúdio da Grag Queen deve também refletir novas experiências no palco: "Esse álbum é muito sincero, fala sobre amor, sobre afetos líquidos, sobre quem vive nesse mundo moderno e sensível", diz.
Grag Queen celebra, também, a parceria com a Warner Music Brasil, ao qual se tornou a primeira drag contratada pelo selo. A conquista, além da representatividade, também se torna um momento de reconhecimento e confiança para desenvolver suas ideias: "A Warner tem me dado total liberdade criativa e estrutura — braços e pernas para a minha cabeça sonhar e para o meu coração bater. Estou cercada de pessoas incríveis, inclusive profissionais da nossa comunidade. Eu nunca estive tão bem atendida na minha vida", aponta.
Mesmo com a consolidação da sua carreira no Brasil, Grag Queen mira também o exterior, em que conquistou, de forma natural, o reconhecimento, desde sua vitória internacional. "Sem querer, eu explodi no mercado internacional brincando de cantar. Hoje tenho muitas fanbases de fora e vontade de colaborar com outras drags estrangeiras. É importante levar nossa cultura pra outros lugares", ressalta.
Do palco de um reality ao espaço criado por si mesma, Grag Queen aponta que ser drag é, acima de tudo, ser cósmica, e pretende trazer mais disto na era Cósmica como um tudo: "Eu estou presente em todas as composições, então tem muito de mim ali. E acho que o universo é isso, né? Cósmico é isso. É estar em constante evolução, transformação. Seja para frente, seja para trás, seja em um dia, em um segundo ou anos-luz", conclui.
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