Celebrado nesta quinta-feira (29/08), o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica foi escolhido em homenagem à primeira manifestação sáfica do Brasil, em 1983, em que um grupo se mobilizou para lutar contra o apagamento sofrido dentro da sigla LGBTQIAPN+.
Na época, o grupo usou o tema de Visibilidade, Saúde e Organização”para falar sobre sexualidade, prevenção de ISTs e HIV/AIDS, trabalho e cidadania, e esse ato ganhou proporções por anos, e agora suas vivências são celebradas.
Vale destacar, que a criação da data tem como principal objetivo o foco no combate à lesbofobia, ou seja, o preconceito contra mulheres lésbicas.
Como forma de resistência a essa exclusão que prevalece na atualidade, ainda que em menores proporções, nada melhor do que consumir conteúdos sáficos, escritos e protagonizados por mulheres.
Pensando nisso, separamos quatro leituras que vão da fantasia à comédia romântica, com um grande ponto em comum: celebrar o amor entre mulheres.
Querida Penelope, da autora: Arquelana – Cleo Rodrigues gosta de ter uma vida mediana e estável, mas as coisas começam a sair do controle quando é demitida. Além disso, a mulher responsável por quebrar o seu coração, Marina Fonseca, está de volta, ainda mais bonita e carismática. Determinada a fazer qualquer coisa para não voltar para a casa dos pais com o rabo entre as pernas e retornar à sua rotina calma, Cleo topa um trabalho nada mediano: escrever cartas eróticas para figuras do judiciário brasileiro. E o pior, com a ajuda de sua ex-namorada, que regressa para lembrar a Cleo que ser mediano não é tão fácil assim.
Em todas as gotas de chuva, da autora: Englantine – Em Vila das Íris, uma cidade pacata do interior, duas famílias eram conhecidas por sua intensa e decadente rivalidade no passado. No entanto, para Atena Lisboa e Cordélia Salgueiro, a hostilidade era apenas uma invenção de seus familiares para animar o dia a dia e alimentar os egos. Até que, por coincidência, o destino as faz dividir o mesmo assento em uma viagem de trem que promete refazer um trajeto nostálgico para ambas. Lado a lado, a um banco de distância, é provável que a disputa familiar seja rapidamente banida.
Liz flores é uma farsa, da autora: Victoria Mendes – Liz Flores é uma escritora aspirante, que sonha em ser agenciada por ninguém menos que Valentina Rosa, uma das melhores agentes literárias do país. Mas, tudo que conseguiu foi se tornar assistente pessoal de Diana Marinho, a agente do departamento de influencers. Quando surge a oportunidade de promoção, Liz recebe a proposta de fingir ser a namorada de Diana para agradar o comitê de diversidade da empresa. Em troca, ela terá a chance de ter seu livro lido por Valentina. Em meio a mentiras, uma rotina exaustiva e um livro a ser finalizado, Liz se vê envolvida em uma farsa romântica que pode custar não só seu sonho, mas os resquícios de sua sanidade.
Ponteiros e eclipses, da autora: Laís Napoli – Anos atrás, o Oráculo de Ghunza amaldiçoou duas meninas. Lefertahri deve viver nas sombras do governo para continuar próxima à família, pois à noite se transforma em uma Banshee. Seu meticuloso disfarce, entretanto, está prestes a ruir com a chegada de um novo desafio à cidade: Alanis, que durante o dia é uma Dragão inconsequente e não está disposta a ir embora por um capricho da Banshee. Condenadas ao encontro apenas durante os poucos eclipses daquela terra — quando ambas estão na forma humana —, elas passam a debater sobre quem tem o direito de permanecer em Évia. Porém, em meio às discussões, um sentimento inesperado floresce. Arrebatadas pelo improvável desejo de estarem juntas, Lefertahri e Alanis precisarão enfrentar criaturas mágicas, as autoridades e lembranças que as atormentam. Será que vão conseguir?.