Justiça

Deputados franceses aprovam projeto que proíbe 'terapia' de "cura gay" no país

O texto indica punir os responsáveis pela 'cura gay', com dois anos de prisão e multa de até 30 mil euros

Imagem de punho erguido com a bandeira do arco-íris
punho erguido com a bandeira do arco-íris, simbolizando a luta pelos direitos dos homossexuais (Foto: Divulgação)

Nesta terça-feira (5), os deputados da França aprovaram por unanimidade, um projeto de lei que proíbe ‘terapias de conversão’, que buscam modificar a orientação de indivíduos da comunidade LGBTQIA+. A informação foi divulgada pelo G1.

Mesmo com o Senado ainda tendo que votar a proposta, o texto indica punir os responsáveis pela ‘cura gay’, com dois anos de prisão e multa de até 30 mil euros. Caso a vítima seja menor de idade, a punição aumenta para três anos de prisão e 45 mil euros de multa.

Em 2019, os deputados Laurence Vanceunebrock e Bastien Lachaud revelaram “uma centena de casos recentes” e ficaram alarmados com a quantidade de denúncias sobre este tipo de terapia. Os dois legisladores apontaram três tipos de ‘cura gay’ que estavam sendo usadas no país: as religiosas, com apelos à abstinência e exorcismos; as médicas, com tratamentos hormonais, hipnose e eletrochoque; e as sociais, como casamentos heterossexuais forçados.

De acordo com a ministra em exercício da Igualdade, Elisabeth Moreno, esse projeto de lei permitirá salvar muitas vidas. “Não há nada o que curar. Ser você mesmo não é crime, não se deve tentar mudar a identidade de gênero ou orientação sexual das pessoas”, defendeu.

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