Na manhã desta quarta-feira (07/08), morreu, aos 60 anos, Billy Bean, um dos primeiros gays no beisebol e o segundo jogador da Major League Baseball (MLB) a se declarar homossexual na liga.
A MLB disse em um comunicado oficial que o ex-atleta, que jogou pelo Dodgers, Detroit Tigers e San Diego Padres, faleceu em sua casa após uma luta de um ano contra leucemia mieloide aguda, mas não deu maiores detalhes.
“Billy Bean fez do beisebol uma instituição melhor”, disse o comissário Rob Manfred. “Tanto dentro quanto fora do campo, pelo poder de seu exemplo, sua empatia, suas habilidades de comunicação, seus relacionamentos profundos dentro e fora do nosso esporte, e seu comprometimento em fazer a coisa certa”, destacou.
Sua decisão de se assumir publicamente em 1999 foi um marco, contribuindo para a visibilidade e aceitação da comunidade LGBTQIAPN+ no mundo do esporte, um ambiente tradicionalmente conservador. Vale destacar, que Glenn Burke, um outfielder do Los Angeles Dodgers e do Oakland Athletics, anunciou sua orientação sexual após se aposentar em 1982.
Após sua aposentadoria, ele se tornou um importante ativista, utilizando sua plataforma para promover a inclusão e a igualdade tanto no beisebol, como em outras modalidades esportivas.
Em 2014, ele se juntou ao gabinete do comissário como embaixador da inclusão, cargo no qual trabalhou por mais de 10 anos. Billy atuou como vice-presidente sênior de Diversidade, Equidade e Inclusão da MLB e assistente especial do Comissário.
O ex-espotista trabalhou com todos os 30 clubes educando jogadores e os dirigentes sobre iniciativas de inclusão e justiça social, e liderou uma campanha antibullying nas redes sociais para apoiar jovens LGBT+.
O livro de memórias de Billy Bean, Going the Other Way, tornou-se um best-seller nacional em 2003, depois que sua revelação se tornou uma história de destaque.