Nesta terça-feira (05), o novo presidente do Bahia, Emerson Ferretti, falou sobre a eleição que o elegeu como o primeiro presidente assumidamente gay de um clube de futebol no Brasil. Em entrevista ao ge, o profissional abriu o jogo sobre a nova fase do time baiano no esporte brasileiro e destacou que a sua eleição pode abrir debates para um futebol mais inclusivo.
“Na minha campanha, falei o tempo todo que o Bahia é dono do futebol também. E como dono, mesmo que minoritário, tem por obrigação acompanhar. É uma obrigação nossa”, disse o ex-futebolista.
Emerson Ferretti também falou sobre o marco de ser o primeiro presidente assumidamente gay do futebol brasileiro. “Em primeiro lugar, a minha eleição não foi por isso. A minha eleição foi porque eu me qualifiquei, me preparei para estar na presidência. O fato de ser gay vem junto, mas não como principal. Não deixa de ser um marco no futebol brasileiro”, analisou ele.
Ainda na entrevista, o novo presidente do Bahia falou sobre a importância da sua representatividade no cenário esportivo e enfatizou que a repercussão pode ajudar mais atletas homossexuais dentro do futebol.
“O Bahia é um clube do povo, um clube que acolhe todo mundo. E um clube que tem trabalho social bastante relevante, a partir do momento que criou o Núcleo de Ações Afirmativas. Minha eleição só reforça. E o fato de ser gay não diminui capacidade de ninguém. Mesmo no futebol já tivemos atletas gays. E eu fui o único que teve coragem de falar. E os atletas são tão competentes quanto qualquer outro. É um marco. Vai ajudar bastante na discussão dentro do futebol”, completou Emerson Ferretti.