No ano da corrida eleitoral para a Presidência e na reta final de escolha dos candidatos para os partidos Democrata e Republicano, centenas de milhares de cidadãos norte-americanos transgêneros podem ser impedidos de votar pela divergência entre o nome social e os cartões de identificação, como mostrou uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (27).
Segundo relatório do Instituto Williams na Faculdade de Direito da UCLA, um instituto responsável por pesquisas de políticas públicas, cerca de 378.000 eleitores norte-americanos elegíveis não têm identificação que retrate sua identidade de gênero, como carteira de motorista.
De acordo com a pesquisa, 260.000 vivem em um dos 35 Estados americanos que exigem que os eleitores mostrem identificação na hora do voto.
Os apoiadores das leis de identificação de eleitores dizem que elas visam combater a fraude, porém os defensores dos direitos dos eleitores rebatem que as restrições afetam desproporcionalmente os eleitores pobres e minoritários, segundo a agência Reuters.
Nas eleições de novembro de 2020, os democratas tentarão desbancar o presidente dos EUA, Donald Trump, candidato republicano que busca um segundo mandato na Casa Branca, conhecido por sua política intolerante com minorias, incluindo os LGBT.
A classe LGBT estadunidense possui um grande engajamento político anti-Trump e ninguém sabe se a medida influenciará nos resultados das eleições, já que o candidato Bernie Sanders inclui a causa da bandeira da diversidade em sua campanha política e é apoiado por quem defende o movimento.