LUCAS PAVANATO

Vereador mais votado de São Paulo, quer proibir pessoas trans em banheiro feminino

Lucas Pavanato recebeu 161.386 votos, o representante do PL promete "endireitar" a cidade

Lucas Pavanato quer "acabar" com redesignação sexual - Reprodução/Instagram
Lucas Pavanato quer "acabar" com redesignação sexual - Reprodução/Instagram

Lucas Pavanato (PL) foi o candidato a vereador mais votado da cidade de São Paulo neste domingo (06/09). Sem prévia experiência política, o influencer de direita tem 26 anos e conseguiu 161.386 votos com discursos provocativos e propostas transfóbicas e antiLGBTQ+.

Pavanato é apoiador do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) e ganhou fama publicando vídeos nas redes sociais, nas quais possui quase 3,3 milhões de seguidores, provocando adversários políticos e ganhou projeção em cima de temas conservadores.

Entre as pautas mais defendidas em seus conteúdos, destaca-se o combate a ideologia de gênero, centrado na intentona de remover direitos concedidos a mulheres trans, como a proibição ao uso de banheiros femininos, e a proibição de crianças participarem da Parada LGBTQIAPN+e a ‘proteção da infância’ contra a transição. Entre seus objetivos, ele já afirmou que tentará “acabar com a redesignação sexual”, termo que se refere à cirurgia para mudar o sexo conforme a identidade de gênero da pessoa.

Com uma campanha que defendia “endireitar” São Paulo e que a “direita veio para ficar”, o futuro vereador também propõe incluir educação financeira e empreendedorismo no currículo escolar, a proibição do aborto, o combate a “grupos terroristas” que ocupam propriedades na capital paulista e destaca que também deve ser instaurada uma investigação sobre as “ONGs que lucram com o sofrimento de dependentes químicos”..

Sua atuação política começou em 2018, quando foi estagiário no gabinete do vereador Fernando Holiday (PL), quem considera um dos principais incentivadores políticos. Em 2022, ele tentou uma vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo, obtendo 36 mil votos, mas ficou como suplente.

Vale destacar, que em 2021, a bancada feminista, mandato coletivo do Psol na Câmara Municipal de São Paulo, acusou Holiday de discriminação em CPI da Transfobia. À época, Pavanato, que era seu assessor, compartilhou um vídeo nas redes sociais com o atual vereador que associava mulheres trans a homens e ao estupro de mulheres.