Em tempos de encontros virtuais, que em sua maior parte, pode gerar boas expectativas em seus envolvidos, há um peso para algumas pessoas. Será que se encontrar com alguma paquera de aplicativo pode gerar insegurança com a aparência? A autoestima pode ser prejudicada com os internautas de redes sociais?
No geral, editar fotos e tentar a busca pela perfeição na internet vem sendo bastante comum, assim como o uso de filtros excessivos. Mas afinal, a autoestima fica ilesa? De acordo com o Psicólogo clínico Guilherme Zanoni, essas atitudes podem gerar reações diversas e inseguranças na população LGBTQIA+.
“As redes sociais como um todo – e os aplicativos de namoro e pegação em particular – têm dinâmicas muito específicas e bastante diferentes da vida offline. Se em redes sociais como o Instagram nós já buscamos editar nossa vida, selecionar só as melhores fotos, nos apps de pegação esse efeito não seria diferente. O foco em sexo casual, rápido, favorece uma tendência à objetificação sexual nesses aplicativos, de modo que o valor do usuário e a quantidade de interações que recebe no app depende muito menos da sua personalidade e muito mais do seu corpo”, diz ele.
Vale destacar que, quem usa fakes para despejar ódio, tende a se mostrar como um indivíduo inseguro. “O caráter de anonimidade também favorece comentários ofensivos sobre a aparência dos usuários, já que nem sempre é preciso incluir uma rede social ou identificação para utilizar o app, e a comunicação se dá essencialmente por texto. Quem foge ao padrão estético hipermasculino, jovem e atlético tende a se sentir menos desejado nessas plataformas, o que pode afetar a autoestima“, opina o profissional.