A Associação de Gays, Lésbicas e Transgêneros (ABGLT) agora passou a contemplar um novo grupo, os de pessoas Intersexo. A decisão visa dialogar e fazer parte deste grupo tão excluído da sociedade, e marca uma das primeiras ações da nova presidenta do órgão, a travesti Sammy Larrat, que assumiu o cargo na semana passada.
Intersexo é um termo que define as pessoas que apresentam variações corporais, cromossômicas, hormonais e anatômicas que não se encaixam nas definições médicas como sendo estritamente de homem ou de mulher.
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Em comunicado, a ABGLT destacou a importância de incluir pessoas intersexo dentro da discussão de gênero e sexualidade. “A OMS (Organização Mundial de Saúde) estima em 1% a porcentagem de pessoas Intersexuais no mundo todo. O Brasil precisa entrar nessa luta e avaliamos que a ABGLT têm que se comprometer com as pessoas Intersexo na sua jornada. Nossa entidade precisa refletir a pluralidade de nossa população, dando voz a essa população ainda tão invisibilizada”
Apesar do novo grupo ser integrado, inclusive com alterações nos documentos da entidade, a ABGLT não irá incluir a inicial na sigla. “Somos conhecidos nacionalmente e internacionalmente como ABGLT. Observem que quando escrevemos por extenso, as Lésbicas vêm na frente e uma letra T é desdobrada para Travestis e Transexuais. Assinaremos ABGLT – Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos”, explicou.