Grupos paulistanos incentivam esporte para população LGBT

Grupos organizam coletivos esportivos exclusivamente para LGBTs
Grupos organizam coletivos esportivos exclusivamente para LGBTs (Foto: Divulgação)

Com o intuito de promover o aumento das práticas esportivas entre pessoas da população LGBT, grupos de paulistanos formam coletivos que desenvolvam atividades como corrida, futebol, queimada, rúgbi e treinos funcionais, que ajudam a aumentar a visibilidade e a representatividade no meio: sem nenhuma restrição de gênero. A única exigência é não ser heterossexual. Conheça alguns deles:

Tamanduás-Bandeira Rugby Clube

A equipe de Rugby Tamanduás-Bandeira Rugby Club pode ser considerado o primeiro time da modalidade inclusivo do Brasil. As aulas reúnem cerca de 25 alunos. Os encontros acontecem as quintas-feiras, na Praça da Paz e aos sábados, 15h, ao redor do Obelisco do Ibirapuera. Para participar é só chegar.

Unicorns Brazil

A unicorns Brazil é uma equipe de futebol formado por três amigos que não se sentiam acolhidos no esporte por causa da sexualidade. A ideia de incentivar a população LGBT a jogar bola, se expandiu, e hoje, a liga é um grupo poliesportivo que inclui corrida e treinos funcionais que atendem 140 pessoa em quatro turmas. 

“Antes, os gays só tinham dois lugares para conhecer outras pessoas: as baladas e a internet. Além de incentivar o esporte, nossa proposta é criar um ambiente social divertido”, aponta Pedro Gariani.

A alta procura faz com que os interessados precisem se inscever e entrem na fila por uma vaga. O período de espera para entrar na organização dura em torno de um mês.  “É o tempo que a gente precisa para abrir novas turmas, ampliar a estrutura e receber melhor os novos atletas”, explicou. Os atletas pagam uma mensalidade que variam de R$ 50 a R$ 100 a depender da modalidade escolhida.

Sarrada no Brejo Futebol Clube

Um grupo de mulheres lésbicas que se encontravam na festa de Sarrada no Brejo, trocaram a balada pelos campos de futebol. Cerca de trinta jogadoras se juntam no Parque da Juventude. As partidas são organizadas através do WhatsApp.

Apesar de dedicado para lésbicas e bissexuais, mulheres heterossexuais também são bem-vindas no time. “Os times são sorteados na hora da partida e o único critério é ser mulher e ter vontade de jogar”, diz Thalita Santos, uma das atletas da equipe.

Em junho, o Sarrada no Brejo Futebol Clube foi campeão nos Jogos da Diversidade, organizados pela Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo com o apoio do governo estadual.

Gaymada São Paulo

A ideia de criar um grupo para jogar queimada com pessoas LGBT, nasceu do jornalista Lucas Galdino, após conhecer uma iniciativa semelhante em Belo Horizonte. “Como não existia nada parecido em São Paulo, decidi eu mesmo criar o primeiro evento”, conta.

O primeiro jogo aconteceu em março de 2016, e reuniu cerca de sessenta pessoas, no Largo da Batata. As partidas acontecem normalmente, no último sábado de casa mês, e são anunciadas na página da Gaymada. Além de promover a prática esportiva, ainda muito associada a homens heterossexuais. O evento tem um apelo político.

“A Comunidade LGBT ainda é muito marginalizada e associada a lugares fechados e noturnos. Então, desde a primeira edição nosso foco é levar aos parques, às quadras, às ruas e a qualquer local público nosso brilho e mostrar que sim, existimos, e não vamos mais nos esconder”, diz o organizador.

Com informações da Veja.

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