Marisa Lobo, a psicóloga cristã, como se autointitula, e apoia procedimentos como a “cura gay”, venceu uma batalha que trava por mais de seis anos com o Conselho Regional de Psicologia (CRP), do Paraná. A juíza Soraia Tullio, da 4ª Vara Federal de Curitiba negou uma ação indenizatória por dano moral, movida pela instituição contra a profissional.
No texto do processo, Lobo é acusada de submeter “sistematicamente esta autarquia na mídia, em situação vexatória e constrangedora”, o que prejudicava a imagem do conselho, que elenca diversas reportagens na qual foi notícia em sites. Uma, por exemplo, o Genizah, dizia em uma manchete: “Sob o ataque do CRP e de ativistas gays e ateus”, enquanto a ela aparece segurando uma bíblia em frente ao prédio.
Na matéria publicada em 2012, Lobo relata que em reunião, ouviu frases como: “você não tem o direito de dizer em público que ama os gays, mas quer ter um filho hétero” e “não pode dizer que Jesus cura, estando na condição de psicóloga.”
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O desentendimento entre a psicóloga e o conselho aconteceu, por ela prestar os serviços vinculados a convicções religiosas, o que, é vedado pelo código de ética. “induzir [o paciente] a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito”, argumenta o conselho.
Ao jornal Folha de S. Paulo, Marisa negou as acusações e se diz vítima de “perseguição religiosa” e “abuso psicológico”. Em contrapartida, o Conselho Regional de Psicologia informou que recorreu da decisão.