Levantamento revela um assassinato de transgênero a cada 48 horas

Bandeira trans
Bandeira trans (Foto: Reprodução)

A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) atualizou o Mapa dos Assassinatos de Travestis e Transexuais no Brasil de 2017, e concluiu que a cada 48 horas, um membro desta parcela da população é assassinada no Brasil.

De acordo com dados coletados até o dia 24 de dezembro, 174 pessoas deste perfil foram mortas, sendo 169 travestis e mulheres transexuais, e outros 10 casos registrados contra homens trans. Destas vítimas, 60% tinham entre 16 e 29 anos, e 85% dos casos aconteceram com requintes de crueldade.

O levantamento ainda apontou que 85% dos agressores não conheciam o seu alvo, e apenas 12% dos autores dos crimes foram identificados e outros 10% estão presos. 52% dos homicídios aconteceram com o uso de armas de fogo, seguido por 18% com arma branca e 17% por espancamento, asfixia ou estrangulamento.

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O relatório apontou também os lugares do país que são mais violentos para pessoas trans. Minas Gerais aparece em primeiro, como o estado que mais mata pessoas transgênero, com 20 casos. Seguido da Bahia com 17. Já São Paulo e Ceará, aparecem empatados com 16 assassinatos.

Rio de Janeiro e Pernambuco registraram 14 mortes. Paraná vem logo em seguida com oito episódios e em sexto lugar Alagoas, Tocantins e Espírito Santo com sete homicídios. No Mato Grosso foram seis falecimentos, cinco no Amazonas, Goiás, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso do Sul e Sergipe apresentaram dois casos e Acre, Amapá, Piauí, Rio Grande do Norte e Roraima encerram o ranking com um óbito em cada região.

Comparando a proporção entre assassinatos e a população a situação muda completamente de figura. O estado da Paraíba passa para o primeiro lugar, 10 casos para 2,5 milhões de habitantes. Em seguida aparecem Alagoas (7 casos, 2,02 / milhões), Tocantins (3 casos / 2,0 milhões), Ceará (16 casos, 1,77 / milhão), Espírito Santo (7 casos, 1,75 / milhão).

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