Uma confusão atrapalhou o trânsito da rua João Pessoa, a principal via do centro de Santos (SP), nesta quinta-feira (18). Um grupo de transexuais destruíram um automóvel, chegando a colocar fogo nele, após um desentendimento com o dono do veículo em um bar próximo do ocorrido.
Veja também:
- Apesar de recorde histórico, investimento federal LGBTQIA+ ainda é insuficiente
- Legislação transfóbica desafia movimento trans e aliados a investirem em resistência institucional
- Associações defendem direitos de crianças e adolescentes no STF contra lei que censura a Parada LGBTQIA+
- CNJ proíbe discriminação de pessoas LGBTQIA+ na adoção, guarda e tutela
- Enquanto aguarda nomeação de Lula, PGR interina defende direitos de travestis e transexuais presas
- Como ser um aliado de pessoas trans sem invisibilizar e protagonizar seu papel
- Crivella deixa cariocas sem remédio para tratamento da AIDS
- Ex-empresário de Dudu Camargo diz que apresentador quer mudar imagem de gay assediando mulheres
- World Athletics diz que atletas trans não podem ser proibidos de competir em SP
- Assexualidade gera dúvidas e polêmica entre LGBTs
- Quadrinho do Chico Bento mostra conceito de família com casal gay
- Japão testa drogas anti-HIV contra coronavírus em meio a aumento de casos
- Homofobia: professor é espancado e torturado por horas após ter vídeo íntimo vazado
- Coronavírus: precisamos nos alarmar no carnaval? Dr. Maravilha explica
- Presidente Bolsonaro veta propaganda do Banco do Brasil que investia em diversidade
- Homofobia Velada
- Professor de Direito do interior da Paraíba é novo Colunista do Observatório G
- Sair do armário, qual o real significado ?
Um vídeo do momento correu as redes sociais, e mostra uma das envolvidas, identificada como Kerollayne Rodrigues, de 27 anos, pulando em cima do carro e danificando o para-brisa. Depois elas arrancam no braço uma das portas do veículo.
Ao G1, Kerollayne afirmou que foi vítima de homofobia.”Eu me senti um lixo com tudo isso. Nós estávamos no bar, nos divertindo, pois tínhamos trabalhado à noite. Ele saiu do bar, começou a me xingar de ‘traveco’ e me deu uma cabeçada. Eu não tenho sangue de barata, então fiz o que fiz”, declarou.
O dono do automóvel, um comerciante, de 28 anos, fugiu do local no momento da chegada da polícia. “Ele correu feito uma garça quando viu a polícia chegando. Nós ficamos e fomos detidas em flagrante, mesmo. Depois, ele apareceu na delegacia”, lembrou ela. Todos foram liberados, após serem ouvidos.
Leia Mais:
Delegacias da Mulher da Paraíba passam a atender pessoas trans
Jogadora de vôlei trans rebate críticas sobre sua presença na Superliga: “Sabia que não seria fácil”
A delegada Rita de Cássia Garcia Mendez explicou também para a reportagem como todo o problema aconteceu. “Entendemos que houve um desentendimento entre o motorista do veículo e a Kerollayne. Ele deu uma cabeçada nela na porta de um bar, e tudo começou a partir daí. Por isso, os dois, que são maiores de idade, foram enquadrados como vítimas e autores dos atos”, disse.
O caso foi levado para a Delegacia da Infância e Juventude (Diju) de Santos, por conter o envolvimento de cinco menores de idade, sendo três travestis e duas adolescentes.”Duas vão responder por ato infracional, por danificarem o veículo, conforme aparecem nas imagens. A que arrancou a porta do veículo apenas utilizando o braço tem 17 anos”, conta Rita.