A passagem do bloco “Quem Chupou, vai Chupar Mais”, no sábado (03), no pré-carnaval Brasília foi marcado por episódios de violência contra a comunidade LGBT. Centenas de relatos foram publicados nas redes sociais sobre casos de agressões e assédios.
Uma das pessoas presentes no bloco, a estudante Ariel Santana contou em entrevista ao site Metropoles que foi uma das vítimas dos ataques, relatando que muitos membros da comunidade LGBT e mulheres foram desrespeitadas dentro da festa.
“Os homens não estavam respeitando o espaço das mulheres e das pessoas LGBT, agindo de maneira agressiva e assediadora. Um grupo de seis caras fizeram uma roda em volta de mim, para conseguirem um beijo. Um segurou o meu braço e só me soltou quando duas meninas vieram em minha defesa”, lembrou.
“Amigos gays foram xingados, empurrados e sofreram comentários vexatórios. Meninas ouviram ofensas por conta de homens que não souberam ouvir um não“, completou Pimenta.
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Em nota, a Secretaria de Cultura, responsável pela organização do evento, rebateu as acusações que afirmavam que o órgão não teria oferecido uma estrutura adequada aos foliões.
“Por se tratar de um evento público e patrocinado pelo GDF, todas as demandas e estruturas foram solicitadas de acordo com o cronograma estabelecido pela Secretaria de Cultura. Infelizmente, não cabe a nós restringir o público e ditar a quantidade que será fornecida de cada item; fomos informados a respeito dos fornecedores pouco tempo antes do evento, mesmo com tanta insistência perante às autoridades responsáveis”, diz o comunicado.
A Secult então negou as denúncias de não garantir a segurança dos membros do bloco. “Por entender sua responsabilidade em garantir que a folia no espaço público ocorra de forma democrática e pública, a pasta injetou R$ 5 milhões para atender toda a estrutura dos blocos e ainda viabilizar um patrocínio direto no valor de R$ 1,4 milhão”, completa.
A Polícia Militar confessou que não esperava a quantidade de público presente no grupo e que a confusão começou após o início da concentração no Setor Balneário Sul, porém, os abusos cessaram após a chegada de reforços, de acordo com a corporação.