Com o intuito de estender seu visto australiano, um muçulmano heterossexual se passou por gay para não ter que voltar ao Iraque, de onde fugiu em 1999, após ser condenado por mais de 28 ofensas após ser diagnosticado – pasmem – com esquizofrenia.
A estadia na Austrália durou até 2016, quando autoridades de imigração encerraram o seu visto e uma ordem de detenção foi expedida, pelo ministro Peter Dutton. Porém, o homem entrou com um apelo no Tribunal sob os argumentos de ter se convertido ao cristianismo e por ser homossexual não poderia voltar a sua terra natal, pois seria perseguido.
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O Tribunal de Apelação Administrativa (AAT), sob o aval do seu membro sênior, Peter Taylor SC, acatou pela revogação a deportação do homem por causa de sua condição de saúde física e mental, já que também tem um úlcera na perna e ainda sofre com dependência química a metadona.
Entretanto, a mídia local acabou descobrindo que o iraquiano na verdade mentiu a respeito da sua orientação sexual para que não fosse mandado de volta para o seu país de origem. Apesar disso, Taylor não deve voltar atrás na decisão, pois acredita que a mentira faz parte de sintomas da esquizofrenia.
“Incluir essa complicação é a própria esquizofrenia de MAH. Isso é claramente um processo crônico (isso) … levou ao declínio cognitivo, e requer medicação e monitoramento contínuos, o que é improvável que esteja disponível para o muçulmano se ele for devolvido ao Iraque”, afirmou.