Um ano depois de a travesti Dandara dos Santos ter sido torturada e assassinada de maneira brutal em fevereiro de 2017, cinco dos oito acusados de serem os autores do crime foram condenados nesta sexta-feira (06), em Fortaleza.
O julgamento aconteceu no 1º Salão do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua, na capital cearense, e teve início às 9h46 desta quinta-feira (05) e durou cerca de 14 horas e 45 minutos terminando por volta de 0h30, desta sexta-feira (06).
Todos os réus julgados confessaram participação na morte, mas disseram não ter intenção de matá-la, e receberam sentença por crime triplamente qualificado de motivo torpe (LGBTfobia), meio cruel e sem chance de defesa da vítima. Enquanto executavam Dandara, um dos envolvidos filmou o crime com um celular e as imagens foram compartilhadas nas redes sociais.
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As penas entretanto foram individualizadas de acordo com a participação de cada um no crime. Francisco José Monteiro de Oliveira Junior foi condenado a 21 anos em regime fechado por atirar em Dandara. Jean Victor Silva Oliveira teve pena de 16 anos por usar a tábua no espancamento.
Já Rafael Alves da Silva Paiva e Francisco Gabriel dos Reis cumprirão pena de 16 anos por terem agredido Dandara com chutes e chineladas, respectivamente. E Isaías da Silva Camurça foi punido com 14 anos e 6 meses por ter dito frases ofensivas à vítima durante o ataque. As defesas de Jean e Rafael vão recorrer da decisão por acreditarem que a participação de ambos não foi determinante para a morte de Dandara.