Assassinos de travesti em Campo Grande são condenados, juntos, a mais 26 anos de prisão

Bandeira trans
Bandeira trans (Foto: Reprodução)

Os dois acusados de matar a travesti Penélope, a 15 facadas, no bairro Universitário, em Campo Grande, em novembro de 2015, foram condenados em júri popular, nesta quinta-feira (03). Wesley Rocha Reis Bento foi punido a 14 anos e dois meses, enquanto Leandro da Silva Martins a 12 anos e seis meses de prisão, em regime fechado.

Leandro está preso há um ano desde uma decisão expedida no dia 21 de março do ano passado, já Wesley está foragido, mesmo depois que a 1ª Vara do Tribunal do Júri ter emitido o seu pedido de detenção, em julho do ano passado. Segundo o processo a ordem também foi encaminhada a polinter do Mato Grosso. As informações são do Correio do Estado.

De acordo com a investigação do Tribunal de Justiça do estado, a vítima utilizava o bairro Universitário como ponto de prostituição, e por ser a profissional do sexo mais velha no local, cobrava R$ 10 das outras prostitutas, porém a prática gerava muitos conflitos.

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Como forma de vingança, duas travestis que trabalhavam no ponto, chamaram os seus companheiros para desafrontá-la. Durante a discussão, Leandro segurou Penélope pelo pescoço, enquanto Wesley desferiu 15 golpes de faca, que atingiram o tórax, as coxas, costas e nuca.

Após o ataque, a travesti foi abandonada na rua ainda com vida e tentou pedir ajuda, mas acabou não resistindo aos ferimentos e morreu próximo ao local que costumava encontrar os seus clientes.

Os acusados foram encaminhados para júri popular pelo crime de homicídio qualificado pela motivação torpe, pelo meio cruel e pelo recurso que dificultou a defesa da vítima.

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