O que era para ser um ato de solidariedade em prol das vítimas do desmoronamento do prédio Wilton Paes de Almeida, após um incêndio, no centro de São Paulo, na terça-feira (1°), se tornou também um problema para um voluntário que foi até o local se juntar no apoio aos moradores. Ele afirma ter sofrido um ataque homofóbico pelos funcionários de um hotel vizinho ao prédio.
O publicitário de 34 anos, que é gay assumido, acusa os colaboradores de xingá-lo e agredi-lo no momento que entrou no estabelecimento para fugir de ladrões enquanto esperava um carro que pediu em um aplicativo.
O rapaz conta que a recepcionista o ofendeu com xingamentos e um segurança chegou a agredi-lo com um soco no peito na tentativa de expulsá-lo do hotel, tradicional da capital paulista.
LEIA MAIS:
Disque 100 registra queda de 8,3% de denúncias de violência contra LGBTs
Ex-ginasta fingia dor para fugir de abusos de técnico da seleção
“Fui ofendido porque sou gay e apanhei por estar sujo depois de ter ido voluntariamente ajudar as famílias que perderam tudo no desabamento”, disse ele ao G1, que não quis se identificar. “Me sinto vítima de homofobia e preconceito por isso tudo. Voltava para casa, marquei o Uber na frente do hotel e só entrei lá porque achei que seria assaltado”,
O caso foi registrado na 78° Distrito Policial (DP) como injúria e lesão corporal. Diante das suspeitas dele ter sido vítima de homofobia, a Delegacia Estadual de Crimes Racionais e Delitos de Intolerância (Decradi) vai apurar o caso. A polícia deve analisar as câmeras de segurança do hotel.