Namorando a musicista Lan Lanh há mais de quatro anos, relação que tornou pública apenas no último dia dos namorados, comemorado no mês de junho, a atriz Nanda Costa explicou o motivo pelo qual demorou tanto tempo para assumir o relacionamento em entrevista à revista Maire Clarie.
“Estamos juntas há quatro anos e meio. Por que contar só agora? Amo minha profissão, mas ser atriz não é fácil, o ônus é do tamanho do bônus. Mas uma hora as pessoas sabem, aí tem a fofoca, os paparazzi. E agora é um momento especial. Nunca falamos tanto em representatividade”, contou ela.
Interpretando a policial Maura, que também é lésbica, falou como a personagem representa para a comunidade LGBT hoje em dia. “Tô com essa personagem que se assumiu lésbica e comecei a receber mensagens de mulheres contando como isso as ajudou a revelar para a família, aos amigos. Então, decidi postar aquela foto com a legenda: ‘Mais um 12/6 com ela’. Querendo dizer: ‘Não é de hoje’”, disse.
Nanda ainda contou sobre como conheceu a namorada. “Vi a Lan pela primeira vez enquanto almoçava com uns amigos aqui na Gávea. Só tinha ficado com uma menina e não tinha contado pra ninguém. Era delicado. Ela estava com um fone, ouvindo música. Quando passou por mim, falei: ‘Caraca!’. E um dos amigos perguntou: ‘Que foi?’. E eu: ‘Acho que gosto de meninas também. E se fosse pra escolher alguém pra namorar, escolho essa aí, ó’. Na época, ela estava casada, nada aconteceu”, lembrou.
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Os anos se passaram e com o incentivo do autor João Emanuel Carneiro, mesmo responsável pela criação da atual novela das 21h. “Ele perguntou: ‘Conhece a Lan Lanh? Vocês têm a ver!’. Tinha vivido uma desilusão amorosa e fui jantar com uma amiga que falou: ‘Não fica mal. Tem tanta mulher legal, por exemplo, a Lan Lanh acabou de separar.”
“Estava procurando apê, e vim a um prédio na Gávea, quando vi a Lan na janela. Pensei: ‘Caral**, ela mora aqui, vou mudar pra cá’ (gargalhadas). Nos cumprimentamos e ela me chamou pra um café. Vim na casa dela, as duas nervosas. Sentei na mesa e ela disse: ‘Passei um café. Você vai mudar pra cá?’. Eu, gaguejando, disse que não sabia. Com frio na barriga! E aí ela foi me mostrar o lixo, contar que o prédio reciclava. Já rimos muito disso, ela diz: ‘Que loucura, no nosso primeiro encontro não sabia o que falar, fui te mostrar o lixo!’. Fui pra Paraty, fiquei morrendo de saudades e trocamos mensagens. Começou a rolar por telefone”, completou.