Diante da repercussão do caso do soldado da Polícia Militar Leandro Prior, que sofreu ataques homofóbicos após ter um vídeo no qual beija outro homem dentro de um vagão do metro de São Paulo, o investigador da Polícia Civil trans Paulo Vaz, manifestou apoio ao colega de profissão.
De acordo com o agente, em seu relato publicado no seu perfil no Instagram, a atitude foi tomada após perceber poucos posicionamentos de apoio dos outros policiais. “Não posso me calar ou me omitir. Não quero”, afirmou.
Ele conta ainda que encontrou respaldo dentro da Polícia Civil para poder viabilizar sua identidade de gênero e orientação sexual, já que se define como gay. “Eu mesmo me surpreendi algumas vezes quando achei que seria muito mais difícil pela minha condição, e acabei encontrando dentro da corporação muitas pessoas boas, bem intencionadas e que exercem respeito e tolerância”, continuou.
Paulo encerra agradecendo a Polícia por sempre se mostrar tolerante quanto a ele, mesmo com sua identidade de gênero. “Eu mesmo me surpreendi algumas vezes quando achei que seria muito mais difícil pela minha condição, e acabei encontrando dentro da corporação muitas pessoas boas, bem intencionadas e que exercem respeito e tolerância, a maioria ao contrário do que acaba parecendo quando algum preconceituoso se exalta e acaba afetando a imagem de toda uma corporação. Como todos juramos ao escolher esta profissão, acima de tudo, estamos aqui pra defender a vida. Muito obrigado.”
O soldado da polícia militar Leandro Prior pediu afastamento médico no último dia 29, após a repercussão negativa da divulgação de um vídeo no qual aparece fardado dando um “selinho” em outro homem durante uma viagem no vagão da Linha 3 – Vermelha do Metrô de São Paulo.
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O policial teme que o burburinho causado pela divulgação do vídeo atrapalhe sua carreira na PM, onde atua há quatro anos. O ataque o deixou tremendamente abalado a ponto de ter que se internar em uma clínica de repouso.
Em recente entrevista ao G1, Prior relatou outros casos de homofobia que sofreu dentro da própria corporação, assim como também presenciou situações de discriminação com outros representantes da corporação.
“Existem lésbicas, existem gays, existem trans. Continuam trabalhando e devem permanecer. Não é critério de diminuição dos índices criminais a condição sexual. Como qualquer outro lugar de chefia e direção de qualquer outra empresa ou corporação”, lembrou.