O Ministério de Recursos Humanos da Hungria contactou a Universidade Central Européia de Soros para abolir aos poucos estudos relacionados a gênero que ainda existem no país. A iniciativa faz parte de uma nova reforma universitária.
A instituição de ensino era a única a oferecer até o ano passado um curso de graduação dedicado aos estudos de gênero. Porém, agora o curso foi vetado pelo governo que nos últimos anos vem se mostrando com uma postura antiliberal, anti-migrante e abertamente homofóbica.
A posição das autoridades húngaras defendem tais convicções em nome dos valores tradicionais e para a proteção dos povos “cristãos” europeus. As informações são do site HVG.
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Caso a reforma seja aprovada, aqueles que iniciaram o curso na universidade estadual poderão concluir e se formar, mas seu título não será reconhecido na Hungria; o título obtido em inglês, no entanto, será reconhecido apenas no exterior.
Vale lembrar que este não é o primeiro ataque em universidades abertas a estes temas, no país europeu, que se mostra cada vez mais conservador. No início de 2017, Lőrinc Nacsa, chefe da seção de jovens do partido democrata-cristão no poder junto com FIDESZ, expressou mostrou contra o curso recém-formado, chamando-o de “de luxo superficial e subversivas”, alegando que a Hungria não pode permitir que o estudo do feminismo e das minorias sexuais corrompa a ordem dos valores tradicionais.