A aprovação do casamento gay em Cuba passa por um momento crítico e decisivo do país: por um lado, o presidente Miguel Díaz-Canel declara apoio à proposta, enquanto do outro forças religiosas tentam barrar o projeto.
Depois da Igreja Católica se manifestar publicamente repudiando as mudanças propostas na Constituição cubana, que permitiriam o casamento gay, igrejas evangélicas do país também se posicionaram contra a medida.
Na entrada da Igreja Metodista de Havana, um cartaz com a mensagem “sou a favor do design original”, pode ser lido, em referência clara à manutenção da união apenas entre pessoas do sexo oposto e não reconhecendo famílias formadas por pessoas do mesmo sexo.
Leia mais:
Igreja Católica de Cuba desaprova mudanças na Constituição que permitiriam o casamento gay
Presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel declara apoio ao casamento homoafetivo
“A proposta do casamento igualitário, produto da ideologia de gênero, é totalmente incompatível com a história, com os valores culturais e o pensamento dos pais de nossa pátria”, disse o pastor Lester Fernández.
O presidente da Associação da Convenção Batista do Oeste de Cuba, Dariel Llanes Quintana, afirmou que se o conceito de casamento for modificado na Constituição, os evangélicos votarão contra todo o projeto. Segundo ele, há cerca de um milhão de fiéis no país. Ao todo, Cuba tem 11 milhões de habitantes.
As reuniões cidadãs que discutirão as propostas da nova Constituição cubana vão até o dia 15 de novembro e um texto final com o projeto será submetido a referendo em fevereiro de 2019.