Um dos aplicativos de relacionamento mais usado entre os homens gay, o Grindr voltou a apresentar problemas, devido à uma falha de segurança que permite que terceiros tenham acesso à localização e dados pessoais do usuário.
A descoberta foi realizada pelo blog Queer Europeu, com a ajuda de um aplicativo chamado “Fuck”, que encontrou uma maneira de invadir o API privado do Grindr e usar uma técnica chamada “trilateration” para identificar a localização exata de pelo menos 600 usuários.
Ainda segundo o blog, além do lugar em que o usuário se encontra, o aplicativo permite que possíveis hackers visualizem alguns dados pessoais, como sorologia para HIV e muito mais.
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Segundo o Queer Europeu, indícios apontam que os desenvolvedores da plataforma já sabiam da falha há algum tempo, mas não fizeram nada para resolver o problema.
Em nota, Scott Chen, presidente e CEO do Grindr, disse que o aplicativo “continuará tentando evoluir e melhorar nossa plataforma”. No entanto, Chen não apresentou propostas, nem falou quando a falha será solucionada.
O problema em permitir que hackers tenham acesso à localização dos usuários vai além da falta de privacidade. Em países homofóbicos onde membros do governo utilizam redes sociais do gênero para caçar homossexuais, essa falha pode significar um sério risco à vida dessas pessoas.
Em 2014, quando os primeiros problemas de segurança do Grindr vieram à tona, a empresa desativou a função de distância em alguns países com história de perseguição a LGBTs, como Rússia, Nigéria, Egito, Iraque e Arábia Saudita.