O cantor Johnny Hooker desabafou sobre a situação no Brasil para as pessoas LGBTs em recente entrevista ao jornal português Diário de Notícias.
“Ser LGBT no Brasil é assustador”, exclamou. “O povo brasileiro é violento, autoritário e ultra conservador, apesar da imagem que a gente vende de liberdade, de Carnaval, de sol, de praia, gente pelada. Mas não tem nada disso. É um País extremamente racista, é o quinto País do mundo em feminicídios. É um País que tem um projeto de extermínio da juventude negra nas periferias”, detonou.
O artista completou dizendo que “o genocídio em relação às minorias é quase uma política de Estado” no Brasil. E manifestou preocupação com “ameaça da vitória da extrema-direita” na eleição presidencial brasileira.
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“Obscurantistas conservadores usam a religião como a bandeira moral deles, atacam as leis de incentivo à cultura, atacam os artistas, atacam as exposições de arte, convencem os seguidores deles que arte é nocivo, é perigoso”, opinou.
Em agosto, Hooker se viu no centro de uma polêmica ao afirmar em um show no Festival de Inverno de Guaranhuns que “Jesus é Travesti”, ao protestar contra a censura da peça no mesmo evento “O Evangelho Segundo Jesus: Rainha do Céu” que trata da questão. Por causa de ameaças e temendo pela sua segurança muitos eventos já agendados com ele foram cancelados.