O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, sancionou projeto de lei da deputada estadual Enfermeira Rejane (PCdoB) que estipula o dia 14 de março como o “Dia Marielle Franco”, no estado.
A data arremete ao dia em que a ex-vereadora do PSOL foi assassinada no centro do Rio. Na ocasião, o motorista da parlamentar, Anderson Gomes, também foi morto.
Para Renata Souza, ex-chefe de gabinete da vereadora, a legitimação da data é importante e simbólica pois denota a necessidade de tratar assuntos referentes aos direitos humanos, sobretudo a existência das mulheres negras, com seriedade, a fim de evitar que essa parcela da sociedade continue sendo exterminada, vítimas da omissão do estado.
Leia mais:
Com placas de rua, ato em homenagem à Marielle Franco acontece no Rio
Alexandre Frota diz que não é homofóbico
“Ter o dia14 de março como uma data que resgate e rememore a luta de Marielle Franco pela vida das mulheres negras, pobres, faveladas e periféricas é muito importante e simbólico. É urgente que mulheres negras sejam foco das políticas públicas, porque são as principais vítimas da falta de assistência do estado”, afirmou Renata.
“Por isso, são essas mulheres negras que nos últimos 10 anos tem os maiores índices de feminicídio, quando são assassinadas por seus companheiros, em relações abusivas. Também são as principais vítimas de violência obstétrica, nos hospitais públicos e também por conta dos abortos em clínicas de fundo de quintal. São elas as principais vítimas de morte materna”, completou.