O documento final aprovado no último sábado (26) pelo Sínodo dos Bispos que aconteceu durante todo este mês de outubro, no Vaticano, concluiu que os homossexuais sejam acolhidos pela Igreja Católica e que não haja discriminação contra os seus membros dentro da religião.
Intitulado “inclinações sexuais”, o ponto foi considerado um dos mais polêmicos e controversos de todo o documento que contém 167 pontos, divididos em 60 páginas, aprovados pelos 149 chamados padres sinodais e todos eles com a maioria de dois terços que se requeria segundo as regras do Sínodo. As informações são da agência Efe.
Este é o ponto que gerou mais discussão, e por isso, recebeu o maior número de votos de protestos, sendo um total de 65. Na descrição, diz que o evento “se reafirma que Deus ama todas as pessoas e assim faz a Igreja, reiterando seu compromisso contra qualquer discriminação e violência sobre a base sexual”.
Apesar de se especificar que a Igreja “reafirma a antropológica diferença e reciprocidade entre homem e mulher”, o documento também alega que “retém que é algo restritivo definir a identidade das pessoas a partir unicamente da sua orientação sexual”.
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O texto reconhece que em muitas comunidades já existem “caminhos para acompanhar na fé pessoas homossexuais” e que o Sínodo “recomenda favorecer estes caminhos”, e concluindo que: “se ajuda a todos os jovens, sem excluir ninguém, a integrar sempre mais a dimensão sexual na sua própria personalidade”.
Apesar de estar presente no texto preparatório do evento, a sigla LGBT não foi utilizada no documento final. Por ser rejeitada por alguns membros incluindo o arcebispo da Filadélfia, Charles Chaput, que em seu discurso chegou a negar a existência de “LGBTQ católico”.