Nesta semana o assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completa um ano. A assessora Fernanda Chaves, que estava no carro junto com a vereadora, quebrou o silêncio em entrevista ao Fantástico.
A sobrevivente do atentado afirmou que não sabe qual foi o motivo para que a política fosse morta. Entretanto, ela reconhece que Marielle incomodava a partir de um conjunto de coisas. A atuação das milícias era um dos fatores que a parlamentar costumava criticar, mas ela garante que não era um alvo do seu trabalho.
“Institucionalmente, ela tinha uma limitação como vereadora. O mandato dela estava muito mais voltado para questões de gênero, de violência contra a mulher.”, explicou. Ela ainda contou que a pauta dos Direitos Humanos defendida por Marielle despertava o ódio por alguns deputados.
LEIA MAIS:
Protestos contra Bolsonaro e chuva marcam encerramento do carnaval com Daniela Mercury em SP
“Muitos não queriam dividir o espaço com uma mulher lésbica e negra” disparou. Apesar disso, Fernanda garantiu que Marielle costumava ter uma boa relação com as pessoas. Ela completou ainda que a vereadora não tinha se indisposto com ninguém na época. “Ela não teve um problema específico que pudesse ter engatilhado uma situação que culminasse com o assassinato dela”, disse.
Nesta quinta-feira (14), o atentado que levou a morte de Marielle completa um ano. Apesar das investigações, o caso continua sem solução, sem encontrar os culpados. “Não é possível que a gente vá continuar passando essa vergonha no mundo, que é o que está acontecendo agora, de não responsabilizar ninguém por esse crime bárbaro”, lamentou.