Mesmo estando com estoques em baixa e buscando novas formas de atrair doadores de sangue, hemocentros de algumas cidades brasileiras ainda dificultam a doação de sangue por homossexuais e homens que fazem sexo com homens (HSM).
Um exemplo de estoque em baixa é o Hemominas. A instituição é responsável por distribuir sangue para, pelo menos, 95% dos hospitais públicos e privados do estado e tem passado dificuldade para encontrar doadores.
Em uma publicação feita no Twitter na última sexta-feira (5), o centro fez um apelo aos internautas e mostrou a situação crítica nos estoques de sangue do tipos O positivo, O negativo, AB negativo e B negativo estão em nível de alerta.
Conforme a portaria nº 158, de 4 de fevereiro de 2016, homens que tiveram relações sexuais com outros homens e/ou as parceiras sexuais destes em um período de até um ano antes da doação são considerados inaptos a fazer a doação.
“Eu fui doador por muito tempo e tive que mentir para ajudar alguém. Para salvar uma vida. Mas eu não posso anular a mim e me desqualificar para isso ”, disse ao G1 o presidente do Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (Cellos), Azailton Viana.
Segundo o Ministério da Saúde, este critério é “baseado no perfil epidemiológico de grupos populacionais e no risco da exposição a diferentes situações, constatando aumento do risco de infecção em determinadas circunstâncias”.
Essa dificuldade de LGBTs em doar sangue não acontece apenas no Brasil. No entanto, vendo a dificuldade que as pessoas LGBTs encontram na hora de doar sangue, a Dinamarca aprovou uma lei onde permite que isso aconteça.