O acesso ao banheiro em espaços públicos é uma questão cotidiana na vida da maioria das pessoas. Para pessoas transgênero, entretanto, a situação pode variar entre um mero aborrecimento até a exposição à violência. Na vida de Gavin Grimm, um estudante trans de vinte anos, a discriminação se converteu em uma importante vitória da comunidade trans nos Estados Unidos.
Gavin Grimm teve seu direito de utilizar o banheiro em conformidade com seu gênero negado durante vários anos do Ensino Médio. Sua escola, localizada no estado americano de Virginia, aplicava uma regra onde os estudantes “deveriam utilizar as instalações em conformidade com seu gênero biológico”.
Além de sofrer preconceito por parte dos outros alunos, principalmente ao ser forçado a utilizar o banheiro feminino, Gavin foi humilhado diversas vezes pelos funcionários da escola, que chegaram a compará-lo a um cachorro em uma reunião pública.
Agora, quatro anos após uma batalha legal, uma juíza americana condenou a escola pela discriminação contra Gavin Grimm e outros estudantes transgêneros, já que apenas eles não poderiam utilizar as instalações de acordo com sua identidade de gênero.
No Brasil, um processo sobre o acesso ao banheiro por pessoas trans está parado no Supremo Tribunal Federal desde 2015. Até a data, existiam outros 778 processos deste tipo no Judiciário nacional.