Antigo antirretroviral contra HIV, composto por lopinavir e ritonavir mais interferon beta (usado contra hepatibe B) tem sido usado no tratamento de pacientes com coronavírus SARS-CoV-2, no Hospital de Sevilha.
Segundo o El País, o tratamento experimental, baseado nos medicamentos utilizados contra a AIDS há mais de uma década, foi a opção escolhida pelos médicos do Hospital Virgen del Rocío de Sevilha (sul da Espanha) para tratar com sucesso o primeiro paciente.
“É um tratamento experimental que deu bons resultados frente a outros vírus”, explica Albert Bosch, presidente da Sociedade Espanhola de Virologia. “Uma de suas maiores vantagens é que são fármacos aprovados e utilizados em outras indicações, por isso não há dúvidas sobre sua segurança”, acrescenta.
“Os resultados são promissores, mas ainda não há suficiente evidência para sua aprovação, e estão em fase experimental”, afirma os especialistas consultados. “Os resultados que conhecemos até agora sobre seu uso contra o coronavírus são animadores”, afirma.
Hospitais de Wuhan também utilizaram o tratamento empregado no Virgen del Rocío em pacientes com o coronavírus CoV-19, segundo várias comunicações publicadas em revistas científicas, embora novamente “as provas sobre sua eficácia sejam escassas”, segundo os especialistas.
Os bons resultados obtidos no Hospital Virgen do Rocío nesse paciente, de 62 anos, são notáveis devido ao recente surgimento da Covid-19 e porque oferece uma nova evidência clínica. Entretanto, um caso isolado não significa que possa ser utilizado em outros doentes, nem que o resultado será o mesmo.
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