Na Coréia do Sul é muito comum que os ídolos pop sejam vistos tocando em partes íntimas de colegas e até mesmo dando beijos “acidentais” em jogos nos programas de TV. Mas a realidade do país é bem diferente. É um dos países que não aceitou e nem aceita a homossexualidade. Não há politicas públicas para essa parcela da população, segundo o site Reverb.
Para a acadêmica Jungmin Kwon que escreveu o livro”Straight Korean Female Fans and Their Gay Fantasies”( na tradução livre:Fãs coreanos heterossexuais e suas fantasias gays), fala sobre esse cenário ambíguo. ” É meio triste. Por um lado, parece que a indústria tem uma mente muito aberta à cultura do ‘shippar’. Por outro, eles não são muito… Se você sair do armário, seus fãs ficarão tão furiosos”.
O Yaoi é um gênero(gênero de mangá de romance entre personagens masculinos) que inspirou muitos adolescentes a fomentar a cultura de shippar seus ídolos. A diferença agora é de que ao invés de desenha-los, basta escrever uma história (fan fiction) e compartilhar na rede e pronto! Sucesso absoluto e aumenta a popularidade dos envolvidos.
É inacreditável como a cultura lgbt é aceita quando trás popularidade, dinheiro e fama. Mas se os artistas se declaram gays de fato a história muda.” Eles disseram que seria ruim para a minha imagem”, conta o artista Go Tae-seob de 23 anos que usa o nome artistico Holland. Ele desfez contrato com gravadora, mesmo após passar por treinamento rigoroso, porque eles não aprovaram a ideia de ser lançado como artista lgbt.
“Eu queria provar que sou digno de amor e que sou digno de alcançar o que quero e me sentir realizado”, disse ele. “Eu senti que assim era a única maneira de me amar”, completou dizendo.