Apesar de ser responsável por 84% das pesquisas em sites pornôs como Pornhub, as categorias dedicadas às estrelas trans, não receberam o mínimo de inscrições para concorrer ao prêmio Sexy Hot fazendo com que as indicações de “Melhor cena trans” e “melhor atriz trans” fossem canceladas. Apenas uma produtora de São Paulo se inscreveu no evento que acontece no dia 4 de outubro.
O Brasil é um dos maiores produtores do gênero, muitos dos filmes estrelados por transgêneros são rodados no país e importados a países da Europa e Estados Unidos desde o fim da década de 90.
Um dos maiores nomes do gênero no mercado nacional, o Panda, acredita que as inscrições não foram feitas por falta de interesse das próprias produtoras. “Como a Sexy Hot não veicula conteúdo trans, as produtoras daqui abriram mão ou deixaram para lá a inscrição”, explicou ao UOL.
Pertencente ao grupo Playboy do Brasil, uma joint-venture entre a Globosat, do grupo Globo, e da divisão latino-americana da Playboy, o canal a cabo não veicula as produções dedicadas ao público LGBT em sua programação. Sendo apenas disponibilizadas em plataformas On Demand, como o ForMan, de conteúdos estrangeiros.
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O diretor do Grupo Playboy do Brasil, Maurício Paletta, responsável pelo prêmio, justificou a falta de produções LGBT para concorrer aos melhores do ano. “Não temos ingerência sobre o mercado e não recebemos produções suficientes para concorrer. Sentimos, porém continuaremos nos esforçando para que no futuro tenhamos [esse tipo de conteúdo]”, disse.
“Futuramente, com o Sexy Hot Produções se consolidando e o mercado audiovisual de conteúdos LGBT crescendo, podemos estudar um novo selo usando a marca Forman”, completou.