(foto: Reprodução/Instagram)André Valadão
A Justiça de São Paulo determinou a penhora das contas do pastor André Valadão, líder da Igreja Batista da Lagoinha, após uma reportagem da revista Veja ter sido contestada por ele, em que eram descritas práticas atribuídas à igreja sob sua liderança, incluindo a promoção de um ritual de “cura gay”.
A medida em questão foi autorizada pelo juiz Raphael Garcia Pinto após o não pagamento de valores devidos ao escritório Coletta e Rodrigues Sociedade de Advogados, que representa a editora Abril, ao qual o processo esteve em vigor desde 2023.
A revista também mencionou declarações de André Valadão em pregações, apontando que, segundo a reportagem, ele teria afirmado que “se Deus pudesse, mataria tudo e começaria tudo de novo”, fazendo referência às pessoas LGBTQIA+. O texto ainda relatou que Valadão teria orientado fiéis a agir “para cima” desse grupo.
Na ação, o pastor afirmou que a reportagem era falsa e negou ter feito discursos de incitação à violência. A Justiça, porém, não acatou os argumentos. Para o juiz responsável, ainda que André Valadão não tivesse a intenção declarada de estimular hostilidade, suas falas permitiam interpretações que configuravam incentivo à violência.
Com base nos vídeos anexados ao processo, o magistrado concluiu que a revista não publicou informações inverídicas. A ação movida pelo pastor foi então rejeitada, e ele foi condenado a pagar os honorários dos advogados da Abril, calculados a partir do valor que ele próprio havia solicitado como indenização de R$ 40,4 mil.

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