Após quase 200 anos de história, Polícia Militar de São Paulo reconhece primeiro homem trans na corporação

Soldado trans Henrique da PM de São Paulo
Policial trans Henrique da PM de São Paulo (Foto: Marcelo Brandt/Reprodução/G1)

O soldado Henrique, de Ituverava, teve o reconhecimento do gênero ao qual se identifica pela Polícia Militar de São Paulo. Emanuel Lunardi Ferreira, faz parte da comparação desde 2015. Ele entrou antes de passar pela transição e foi reconhecido em 2018 como do gênero masculino também no trabalho. A medida é inédita o tornando o primeiro trans a exercer uma função dentro da PM em 200 anos. As informações são do G1.

O agente começou em 2017 um tratamento hormonal, a fim de se tornar visualmente homem. Ele se considerava homossexual, já que na adolescência passou a gostar de garotas.

Já adulto procurou uma ajuda psicológica, foi quando descobriu a sua transexualidade.“Eu entrei como mulher. Eu não sabia das questões de transgênero. Eu não sabia sobre a transição, nada a respeito. Então, eu não sabia que era trans”, relatou.

Em 2017, o soldado resolveu exigir o tratamento pelo gênero masculino, solicitando também a Polícia Militar para retificar o seu nome. O psicólogo da corporação ouviu Henrique e aceitou alterar os registros, foi quando entrou no processo interno, que durou quase 1 anos para ser finalizado.

“A Polícia Militar tem 188 anos, e este é o primeiro caso de transexual. Temos casos de homossexuais na PM, mas de transexual é o primeiro caso”, diz a capitã Claudia Lança, chefe de comunicação social da PM em Franca.

O policial afirma que tinha muito receio em procurar a PM para pedir a alteração dos seus dados, ele temia ser expulso da corporação, o fato se dava por desconhecer os seus direitos como policial militar. O seu pedido junto a PM se baseou na lei estadual, que determina que transexuais e travestis sejam tratados em repartições públicas pelo nome social.

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