2017 pode não ter sido um dos melhores anos para muitos países do mundo, e a Austrália foi um destes lugares que não tiveram um saldo positivo dos meses que passaram. Muitos atribuem ao cosmo, à energia, aos signos, mas o arcebispo de Sidney, Anthony Fisher culpou os gays.
Durante a mensagem de Natal aos fiéis, o religioso atribuiu o ano horrível à aprovação do casamento igualitário em novembro. “Às pessoas de fé, afirmo que este foi um ano terrível. Nossas concepções cristãs de amor e vida foram desafiadas pelo casamento gay e discussões de aprovação da eutanásia na política. A liberdade religiosa na Austrália põe em xeque crimes terríveis cometidos contra nossa igreja”, disse.
A declaração de Fisher, claro, repercutiu entre os movimentos LGBTs australianos que condenaram a fala do sacerdote. “É uma comparação absurda, mas não esperamos qualquer apoio do arcebispo. Mesmo assim, é triste que ele continue condenando as pessoas.”, disparou Rodney Croome ativista LGBT.
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“De qualquer forma, ele está certo quando afirma que os jovens devem responder e corrigir todos os erros porque é justamente o que está acontecendo: a maioria esmagadora dos jovens votou a favor do casamento igualitário, inclusive os católicos”, completou.
Vale lembrar que cerca de 13 milhões de cidadãos (79% da população) disseram sim ao plebiscito que determinou a aprovação do Projeto de Lei, que regulariza a união civil entre pessoas do mesmo sexo.