Em 16 de outubro do ano passado, Eva Analí de Jesus, a Higui, foi abordada por três homens ao sair da casa de amigos, em Buenos Aires. Os agressores informaram que pretendiam estuprá-la, para fazê-la “se sentir mulher”: o chamado estupro corretivo, crime recorrente contra mulheres lésbicas. O homem que tentou penetrá-la primeiro, Cristian Rubén Espósito, recebeu então uma punhalada no peito; Higui possuía uma faca escondida para proteção.
Apesar da aparente legítima defesa, Higui foi acusada de homicídio e segue em prisão preventiva desde o ataque. A Promotoria afirma que “não há provas” de que a morte de Cristian tenha realmente sido sob legítima defesa, e considera outras possibilidades, devido às declarações de testemunhas. As testemunhas, porém, são os amigos de Cristian que, segundo Higui, participaram do ataque.
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A Argentina está se mobilizando mais e mais nas últimas semanas, pedindo para que ela possa aguardar o julgamento em liberdade. Na última audiência do caso, em 8 de junho, foram concedidos cinco dias úteis para que os juízes decidissem pela liberação ou não de Higui.
Durante a audiência, dezenas de pessoas protestaram do lado de fora do edifício, e o apoio popular segue forte tanto em manifestações presenciais na Argentina quanto em campanhas na internet.