Luiz Mott, que é um antropólogo, historiador e pesquisador, e também um dos mais conhecidos ativistas brasileiros em favor dos direitos civis LGBT, fez uma crítica ao cardeal de Salvador por celebrar missa somente em homenagem às vítimas de transfobia, excluindo gays, lésbicas e bissexuais cis gêneros.
Ele, que é uma das figuras mais conhecidas do movimento LGBT e fundador do Grupo Gay da Bahia, em 1980 – uma das principais instituições que trabalham em prol dos direitos humanos dos LGBTs no Brasil, fez uma crítica ao evento. Em uma publicação ao portal Guia Gay de Salvador, Luiz Mott disse: “Há anos passados, o Grupo Gay da Bahia [GGB] celebrou missa na Igreja da Piedade pelas vítimas da aids e pelos LGBT assassinados.”
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A missa será realizada nesta sexta-feira, dia 21 de maio, às 17h, na Capela Sagrada Família, no bairro do Garcia, na capital baiana. Devido aos protocolos de segurança, o evento em homenagem exclusivamente a pessoas trans, será transmitido pela internet.
Ainda, em entrevista ao portal, o ativista afirma: “Embora a Igreja Católica tenha as mãos sujas de sangue por séculos de pregação anti-LGBT, tendo queimado muitos sodomitas nas fogueiras da Inquisição, qualquer instituição que nos apoie deve merecer a nossa aprovação. Porém, no relatório que o GGB divulgou em 17 de maio, Dia Nacional contra a Homofobia, constam 237 LGBTs mortos, incluindo gays, lésbicas e até heterossexual confundido com gay, além de travestis e transexuais.”
