Morreu na madrugada desta terça-feira (23), a ativista trans Amanda Marfree, vítima de complicações do coronavírus. A militante trabalhava Centro de Referência e Defesa da Diversidade em São Paulo.
A notícia foi confirmada por uma diversos amigos de Marfree, através de suas redes sociais. “Eu estou arrasado com essa partida inesperada, e queria muito poder me despedir adequadamente, mas tenho em mim todos os sorrisos que demos”, disse Léo Paulino.
Aos 35 anos, Amanda se preparava para se candidatar à vereadora de São Paulo pelo coletivo DiverCidade SP. A ativista é conhecida também por ser uma das primeiras alunas trans a se formar no ensino médio com o apoio do projeto Transcidadania, da prefeitura de São Paulo.
Em recente entrevista dada ao Estadão, no dia 7 de junho, Amanda reafirmou seu papel na militância e comentou sobre atitudes anti-democráticas do governo Bolsonaro em meio a pandemia.
“Sentimos que estamos ameaçadas a todo instante. E um presidente que insinua golpes militares, classifica antifascista como terrorista e exalta figuras do nazismo é uma ameaça para nós”, declarou Amanda.